Novo Testamento - Meditações Teológicas
Reflexões teológicas sobre o Novo Testamento, explorando a encarnação do Verbo, a Igreja, as doutrinas apostólicas e as revelações do Apocalipse.
TESES TEOLÓGICAS
Waltensir Leocádio
3/2/20257 min ler
INTRODUÇÃO
O objetivo no preparo deste estudo é resumir uma análise e acrescentar meditações sobre o Novo Testamento.
Os tratados de teologia, normalmente, são extensos (assim como são os que tratam de outros temas).
Abordaremos o tema em forma de súmulas. É o nosso estilo.
Não é correto dizer que Jesus tomou a forma humana, quando nasceu. Na verdade, a forma humana é dele, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. e, das três pessoas da Trindade só o Filho tem (e sempre teve) imagem.
Jesus é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13.8). Ele sempre existiu como Deus e como homem. Isaías profetizou dizendo que Ele é o “Pai da eternidade” (Isaías 9.6). Ora, o pai é anterior ao que ele gerou. Logo, Jesus é mais antigo do que a própria eternidade!
UMA MEDITAÇÃO TEOLÓGICA DO NOVO TESTAMENTO
TEOLOGIA DA ENCARNAÇÃO DO VERBO: Evangelhos Sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. Verbo significa Palavra. Em 1 João 5.7, lemos: “Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo.”
Sinóticos (vistos de um mesmo ângulo), porque focalizam a história de Jesus como homem: Seu nascimento, lances de sua vida submisso aos pais, sendo carpinteiro com José (Marcos 6.3) o cumprimento da sua missão terrena, até sua morte na cruz.
Mateus escreveu destinado aos cristãos israelitas, por isso foi o que mais fez citações de profecias bíblicas sobre a vinda do Messias.
Marcos escreveu destinado aos cristãos do império romano, que usavam escrever resumidamente – o seu Evangelho é o mais resumido! E não fez muitas citações proféticas.
Lucas escreveu o terceiro Evangelho e Atos. No Evangelho, ele diz ter escrito “Ao excelentíssimo Teófilo” (Lucas 1.1-4).
Existe uma teoria (que faz sentido) de que Paulo, preso em Roam teria contratado um advogado de nome Teófilo, para defendê-lo, e pedido ao seu discípulo Lucas, para preparar um documento a fim de informar ao advogado Teófilo sobre a Verdade que ele pregava. Como o advogado não era cristão, Lucas o chamou de excelentíssimo.
No “segundo tratado”, continuando o relato do primeiro (o Evangelho), Teófilo teria crido em Jesus, e, sendo agora um irmão, Lucas diz: “ó Teófilo” (Atos 1.1).
Existe também o pensamento de que Teófilo poderia ser chamado todo aquele que ama o Senhor, porque, em grego, Teos é Deus e Filos é que ama. Essa teoria não nos parece consistente, porque o tratamento de Lucas parece ser muito pessoal, quando o chamou de “excelentíssimo.”TEOLOGIA DA DIVINDADE DO VERBO: Evangelho de João. Ele já inicia dizendo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3).
João começa falando de Jesus como Deus e tudo que escreveu visava mostrar a sua divindade.
Foi o único que registrou a ressurreição de Lázaro, que estava morto há quatro dias e já cheirava mal (João 11).
Foi o único que registrou estas palavras: “O Verbo se fez carne a habitou entre nós” (João 1.14). E o que Jesus mesmo afirmou: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).
João pode ter sido usado para escrever o quarto Evangelho porque o que já havia sido escrito abordava Jesus a partir de um mesmo ângulo: O ministério de Jesus como homem.
Quem conviveu com Jesus mas não creu nele como Deus, via nele apenas mais um homem. Certa vez, até pegaram em pdras para apedrejá-lo, dizendo que Ele se fazia igual a Deus (João 8.59 e 10.31).TEOLOGIA DA HISTÓRIA DA IGREJA: Seu nascimento e divulgação do evangelho aos gentios.
Jesus tinha falado da igreja no futuro: “Edificarei a minha igreja” (Mateus 16.18).
A ideia de criar a igreja veio da prática dos gregos: Quando havia necessidade de tomar grandes decisões, um arauto anunciava na cidade a convocação do povo para a ekklēsia (ἐκκλησία), o significado de ekklēsia é: “Chamados para fora.” Ou seja: Para fora de suas casas, de suas atividades, deixando tudo, para fazer parte dela.
Observação: a letra S (sigma grego) nunca tem o som de Z, como em Português.
Na Grécia, a ekklēsia era reunida numa área ampla. Por exemplo, numa praça. Faziam parte dela aqueles que saíssem de suas casas, deixassem suas atividades, para atender à convocação.
A palavra Comunidade, usada por alguns, não tem o mesmo significado de igreja. Comunidade é toda a população de um determinado território, não importando quem são essas pessoas!
A igreja é chamada de “Corpo de Cristo.” Quando nos convertemos a Jesus, tornamo-nos novas criaturas e somos batizados em seu corpo. Como membros do corpo de Jesus, fomos ressuscitados e nos fez assentar nos lugares celestiais (Efésios 2.6). Jesus está no Céu e, se somos verdadeiramente membros do seu corpo, estamos n’Ele, na sua Glória!
Está escrito: “Tudo que Deus faz dura eternamente” (Eclesiastes 3.14).Jesus fundou a igreja e será igreja sempre!
O nascimento da igreja se deu no dia de Pentecostes, quando os cristãos receberam o batismo no Espírito Santo (Atos 2.1-12).
Para levar o evangelho aos gentios, até os confins da Terra, Deus escolheu Saulo de Tarso (Atos 9) e o enviou aos gentios (Atos 13.2). segue-se o relato da primeira obra missionária da igreja.
Existem milhares de denominações cristãs, mas a igreja de Jesus sempre foi, é, e será única. Dizemos que a igreja é o corpo de Cristo, e Cristo tem um só corpo! Faz parte da igreja quem nasceu de novo e foi “batizado no corpo de Jesus” (1 Coríntios 12:13). Um agrupamento de crentes em Jesus, embora tenha o nome de igreja, é apenas uma parte dela. Ela é representante local da igreja universal, se é que seus membos de fato creram no evangelho como Jesus disse em Lucas 9.23.
O que salva é crer em Jesus Cristo. Quanto a praticar certos usos e costumes, acreditar em pontos doutrinários, não é o que salva! Quem faz parte do corpo de Cristo, sim, está eternamente salvo e faz parte da única igreja.TEOLGIA DA DOUTRINAÇÃO DA IGREJA: As Epístolas.
Paulinas: Paulo escreveu em treze epístolas o que recebeu do Senhor (1 Coríntios 11.23). O ensino correto para a formação da igreja, corrigindo os erros doutrinários ensinados por alguns falsos mestres (1 Timóteo 4.1), E fez também previsões proféticas.
Ele, que não aprendeu de Jesus em seu ministério terreno, aprendeu passando três anos no deserto da Arábia (Gálatas 1.17,18).
Paulo escreveu epístolas que não foram incluídas do cânon do Novo Testamento, como ele fala de uma que escreveu aos Laodicenses, recomendando a sua leitura por outras igrejas (Colossenses 4.16).
Acredita-se que outras não citadas possam ter sido escritas. As que estão em nossas Bíblias, sem dúvida, estão ali por providência de Deus, que dirigiu os “pais da igreja” (como foram chamados os pastores que fizeram avaliação dos livros inspirados pelo Espírito Santo).
Um pensamento também pode ser verdadeiro: As igrejas recebiam um texto escrito por um apóstolo ou discípulo de apóstolo e faziam cópias para outras igrejas. Veja o que Paulo disse aos Colossenses: “Uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai para que também seja lida na igreja dos laodicenses e a dos de Laodiceia lede-a igualmente perante vós” (Colossenses 4.16)
Então, poderia acontecer de uma cópia distribuída a uma igreja que não foi a original, tenha sido inserida na coleção canônica. Afinal, o mais importante era o texto inspirado!Aos Hebreus: Fala de Jesus Cristo como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, porque o sacerdócio foi estabelecido na descendência de Arão, da tribo de Levi, e Jesus era descendente de Davi, da tribo de Judá.
Melquisedeque era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo (Hebreus 7.1). Salém deve ser a cidade que veio a ser Jerusalém.
O autor da Carta aos Hebreus usou uma linguagem diferente do vocabulário paulino. Este comentarista acredita que o seu autor tenha sido um sacerdote, porque o assunto é a interpretação de Levítico. Em Atos, lemos que “muitos sacerdotes obedeciam à fé” (Atos 6.7). Deus, naturalmente, usou um deles para escrever esse livro, de uma elevadíssima linguagem e contendo maravilhosas revelações, pelo que deixou Deus o nome do seu autor em segredo!
Abraão deu dízímo a Melquisedeque (Gênesis 14.18-20; Hebreus 7.1-4). Logo, Melquisedeque era superior a Arão: Em Abraão, Levi pagou dízimo a Melquisedeque.Gerais: Tiago, 1 e 2 de Pedro, 1,2, e 3 de João e Judas. Além de conter correções de erros doutrinários e acrescentar orientações especiais, fala também de acontecimentos futuros, como o que Pedro disse sobre o final de tudo em fogo (2 Pedro 3.7,12).
TEOLOGIA DA REVELAÇÃO: Livro do Apocalipse fala do que viria a acontecer (Apocalipse 1.1; 4.1). O próprio nome do livro significa Revelação.
Na antiguidade existiram muitos livros de apocalipse, mas, somente o de João é verdadeiro. Fala de coisas que estavam acontecendo e das que aconteceriam depois (Apocalipse 1.19).
Era esse o plano do Livro. João foi convidado a subir ao Céu. Lá ouviu o que escreveu sobre o que havia de acontecer (Apocalipse 4.1).
Os apócrifos (ou pseudoepigráficos) foram escritos por pessoas que usavam nomes de famosos que viverem muito tempo antes, e falavam de coisas já acontecidas, como se estivessem profetizando. Como o que disseram aconteceu, as pessoas poderiam acreditar.
Só João falou do que ainda iria acontecer! Muito do que previu já aconteceu, o que prova a sua autenticidade. E prova também que irá cumprir-se o que falta!
No Apocalipse, João falou de fatos que estão acontecendo hoje, inclusive no Brasil
Alguém poderia perguntar: Como, no Brasil, se ele escreveu no ano 95 e o Brasil foi descoberto em 1.500?
Isso pode ser problema para nós, não para Deus! Para Deus, o futuro é passado!
Problema para nós existe, sim: Para entender o que está escrito, não só no livro do Apocalipse, mas em toda a Bíblia.
Nem os melhores teólogos entenderam tudo!
E por falar em teólogos, tenhamos o cuidado de não fazer como alguns, que criaram frases não bíblicas e, com base nelas, negam o que na Bíblia está escrito!
O objetivo desta meditação foi analisar o método usado por Deus para fazer conhecidos os seus planos eternos, na busca de salvar o homem, do seu pecado.
Antes de Jesus vir ao mundo, tudo convergia nele (Atos 10.43). Depois que Ele veio, tudo dele procede! (Colossenses 1.17).
Ao Pai Eterno, ao Senhor Jesus Cristo, ao Santo Espírito, seja toda a glória, hoje e para sempre!
CONCLUSÃO
Legado
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